Reviews
Black Southern
Winds
Newton Schner Jr. Pianista
autodidata de música ‘neoclássica romântica e melancólica’ trouxe no
dia 10-10-2011 para São Bento do Sul, Santa Catarina a sublimidade
bucólica de seu projeto, ou melhor, de suas obras colecionadas sobre o
nome de Lebensessenz, iniciado em 2004. Todos gravados de forma
rústica, alguns em fitas K7, outros a partir de filmadoras e microfones
acoplados ao computador, mas que já o levaram a 11 trabalhos até então,
sendo alguns deles lançados por gravadoras da Alemanha, Bulgária e
Rússia, inclusive ganhando uma versão em vinil para sua última obra
chamada “Tage der Nostalgie”. Sua apresentação foi idealizada pelos
membros desse blog Black Southern Winds, que contou com o fortíssimo
apoio de Dianalice Ribeiro, técnica cultural do SESC, e de Ivana Wolf
Secretária de cultura da fundação municipal de São Bento do Sul, e de
toda a imprensa local. Como não se tratava de um evento de rock
pseudo-beneficente devido estas parcerias, sem pedágio, brinquedos ou
alimentos foi possível trazer gratuitamente, para o sucinto e público
desta cidade, que demonstrou grande aceitação, não sendo maior apenas
por causa da forte chuva que se deu uma hora antes e deixou boa parte
do público e da imprensa convidada em casa, em seus inimaginários
afazeres. Por outro lado, amigos de Newton se destacaram das cidades
Catarinenses de Pomerode e União da Vitória com chuva ou sem chuva, e
boa parte deste ficou para um espirituoso debate logo após a
apresentação. Quem compareceu pode prestigiar não apenas um raro
momento cultural, mas uma reflexão filosófica a partir de uma
experiência não linear de um pianista autodidata que toca sem
partituras, obras inteiras de 14, 18 minutos de cor, e que segue o
caminho inverso de tantos artistas, que devido austeros estudos passam
a vida inteira muitas vezes apenas interpretando a obra de outros
artistas, algumas vezes até sendo reconhecidos como grandes
interpretes, tornando conhecidas obras de compositores que não puderam
dar cabo de sua obra em toda a sua dimensão, ou em certos casos, até
tendo uma visão mais aprofundada do que o criador poderia ter feito,
além de releituras e arranjos em outros instrumentos e estilos. Mas não
raras vezes, não sendo suficientes interpretes de si mesmos e de sua
voz interior. Deixando a si mesmos uma lacuna de silêncio, onde bem
poderia habitar a nota infinita de sua própria obra. São em suma dois
grandiosos bens necessários e dois extremos dentro da vocação musical,
que ainda serão incansavelmente discutidos e defendidos, cada lado por
sua parte.
Pois bem. Apresentamos-lhes não apenas a obra de Newton, mas uma reflexão sobre a essência da vida, inspirada por músicas dessa e de outras obras Newton Schnerianas. É fato irredutível para a sua história que suas participações como baterista e pianista, vocalista e até co-autor e de contribuidor e divulgador de músicas em muitos outros projetos anteriores dentro da cultura Black Metal Pagã e Misantrópica não podem simplesmente serem apagadas ou negadas por quem quer que seja nem mesmo por ele. Porém, além do óbvio fato de que o instrumento de sua vocação seja o piano; a vida segue para todos! E novas necessidades surgem, e acabamos por nos decidir por rumos pessoais diferentes, em alguma altura da vida, justamente por que a vida é diferente para todos, ao passo que nossos impulsos em direção a nós mesmos vão se tornando cada vez mais fortes. Até que chegamos a algo que não apenas é nosso, mas nos representa acima de tudo e se confunde com nossa própria personificação. Lebensessenz não apenas é de Newton Schener Jr. como é ele próprio o Lebensessenz! Acredito que muitos se levarão por esse caminho natural, pois é a compreensão de si e o mergulho cada vez mais fundo em sua própria essência, em busca de sua própria voz, que leva não só os músicos a encontrarem suas melodias em seu estilo único e inconfundível; - Mas aos reis encontrarem seu castelo impenetrável; os gênios encontrarem suas fórmulas e invenções; os guerreiros encontrarem suas espadas perdidas e seus caminhos e os poetas encontrarem suas musas e sua letra pagã indecifrável. É um movimento natural não sendo, contudo uma lei na natureza, por isso é compreensível e grandioso. Se tornar o que se é em sua máxima potência! É o que diz também no subtítulo do livro de um grandioso filósofo... Da futura obra de Newton, que está para ser lançada em breve, talvez ainda em 2011, “Entre Sonhos e Lutas”, compartilho convosco, ó caros leitores um vídeo gravado por mim de forma singela, da canção “Sociedade dos Poetas Mortos” onde o solista reflete justamente sobre os caminhos de sua vida até ter finalmente encontrado sua voz, na literatura e no Lebensessenz. Lembrando também que o filme Sociedade dos Poetas Mortos trata de uma visão da escola Nietzscheniana para a educação do homem-superior em sua vontade de potência. E outro vídeo do que foi um dos momentos mais sublimes da noite, com a canção “O Silêncio” da tão citada obra Tage der Nostalgie, que eu particularmente considero Black Metal neoclássico ao piano. Newton, em sua trajetória dialoga nas teclas do piano, além das leituras das obras dos Alemães Goethe e Schiller, ou do Chileno Miguel Serrano, ou de Heidegger; com impressões e lembranças de uma vida repleta de uma contemplação, oras fugidia e misantrópica, a sós consigo mesmo e outros espíritos livres das estradas, viagens e florestas; Oras, com impressões e percepções advindas de uma outra natureza de contemplação não menos proibida, banhada da singularidade de multidões afadigadas do peso da vida mal vivida, alienada e sem identidade própria, como um fardo com o qual o animal de carga acaba se apegando ao longo da vida, por não conhecer outra companhia senão o peso moral de suas obrigações socialmente impostas, e das morais obrigatórias para condicionar como úteis a essa forma medíocre de civilizar animais humanos de cargas históricas, ou historicizadas pelo mesmo senso de “dever”, social, moral ou religioso, que castra nossa vontade, coragem e criatividade para pura e simplesmente vivermos nossa vida. Parafraseio aqui Charles Baudelaire em seu ensaio sobre a Multidão, e o grandioso Nietzsche em um de seus maiores momentos em Nice, primavera de 1986, ao término da obra Humano Demasiado Humano, de onde transcrevo alguns trechos do excerto 107, que trata do tema Irresponsabilidade e Inocência: “... todas as suas apreciações, suas distinções e seus pendores se desvalorizaram e se tornaram falsos: seu sentimento mais profundo, que ele dedicava ao mártir, ao herói, tornou-se equivalente a um erro; não tem mais o direito de elogiar nem de censurar a natureza e a necessidade. Assim como ele gosta de uma bela obra, mas não a elogia porque esta não pode nada por si própria, assim como se encontra diante de uma planta, assim também deve ficar diante das ações dos homens, e diante das suas próprias. Pode admirar nelas a energia, a beleza, a plenitude, mas não lhe é permitido encontrar méritos nelas: o fenômeno químico e a luta dos elementos, os tormentos do doente que anseia pela cura, são tão deméritos quanto aqueles combates e estados de emergência da alma, em que alguém é arrastado para cá e para lá, por diversos motivos, até que finalmente se decide pelo mais poderoso – como se diz (mas, na verdade, até que o mais poderoso decida quanto a nós). Mas todos esses motivos, por mais que lhes demos nomes elevados, cresceram a partir das mesmas raízes em que nós julgamos residirem os venenos maléficos; entre as boas e más ações, não há diferença de espécie, mas, quando muito, de grau. As boas ações são más ações sublimadas; as más ações são boas ações realizadas grosseira e estupidamente. Um só desejo do indivíduo, aquele da satisfação de si próprio (unido ao receio de ser privado do mesmo), se satisfaz em todas as circunstâncias, atue no homem como puder, isto é, como tiver de agir: quer seja com atos de vaidade, de vingança, de volúpia, de interesse, de maldade ou de astúcia, quer seja em atos de sacrifício, de compaixão ou de inteligência. Os graus da capacidade de julgar “Decidem para onde alguém se deixa levar por esse desejo; está continuamente presente em cada sociedade, em cada indivíduo, uma hierarquia de bens segundo a qual ele determina suas ações e julga a dos outros...” Mais a frente no próximo parágrafo. “Reconhecer tudo isso pode causar uma profunda dor, mas não sem uma consolação: são essas as dores do parto. A borboleta quer romper seu casulo, ela puxa e o rasga: então a luz desconhecida a cega e enebria, o império da liberdade. É em homens capazes dessa tristeza – quão poucos eles serão! “Que será feita a primeira experiência para ver se a humanidade, de moral como é, se pode transformar em sábia.” (Friedrich Nietzsche; Humano Demasiado Humano. Editora Escala). Em nossa tenra infância sempre nos vem a sensação de que perdemos algo em algum caminho, por onde fugimos para brincar e conhecer o vago, o distante, o perigoso. Ou nos roubaram algo! Enquanto estávamos distraídos, perseguindo nossos amigos imaginários em reinos saudosamente reais, de onde nos vinham vozes mágicas, nos revelando destinos, sagas, conquistas; Verdejantes jóias místicas que já brilharam em coroas de reis esquecidos de reinos muito mais antigos que nosso próprio universo. Serão estas breves claridades de nossa grande vontade, evocando-nos mais conflitantemente para a vocação sempre tardia de prodigalizarmos nosso espírito; potencializarmos nossa essência a ponto de Tornarmos-nos mais uma vez mais, exatamente aquilo que sempre fomos desde que sonhamos com nós mesmos numa infância ancestral e remota? Canções como “O silêncio de Heidegger”; “Os Amores de Liszt”; “Poemas de Infância” e “O Silêncio” da obra “Tage der Nostalgie” de 2010, me remetem justamente pensar e quase acreditar que o ser em sua completude só se é alcançado quando concretiza no homem maduro a criança que sonhava com seu espírito inocente e irresponsável, toda a aleatoriedade criativa do contato primeiro com o elemento desse estranho mundo onde fomos despertados, e assim, nos intermezzos da matéria aonde, vez por outra, tal qual uma doce tragédia de insetos que se chocam no ar da contemplação, resgatamos os impulsos mais nostálgicos rumo a nossa origem, bruscamente, quando o ser aceita se tornar aquilo que se é! E isso me faz perceber sutilmente, que nas mais vastas multidões solitárias que formam as colônias humanas, os seres mais desgraçados serão justamente aqueles que negarem a si mesmos e negarem a sua origem, em função de uma vontade que lhes seja outorgada como “verdade absoluta”; como, “caminho dos justos” ou como “vontade de deus”, mas que nada mais é senão outra vontade que não a sua, e assim sendo, outra origem, que não a sua; E outro destino que não aquele que ao fim, num ímpeto guerreiro, o poderia mesmo ter construído com as próprias mãos! Mesmo que fosse para a contemplação solitária de uma fiel ruína... Disto procede a sua infelicidade e insatisfação existencial crônica, mesmo em tempos de uma paz, nada mais que suspeita. Pois também não é a sua paz! Assim como dentro de seu coração não é o seu mais profundo amor, e ainda menos a sua fé primordial. E o que são afinal esses elementos que uma educação tão suspeita outorga sobre todos indiscriminadamente, como se fossemos animais de carga expostos ao tempo e ao silêncio dos nossos iguais? – Discursos! São apenas discursos que se lhe impõem contra o espírito-livre, sem seu consentimento, num período indefeso de sua vida, e lhe obrigam que repita mesmo contra suas intuições e inquietamentos, e se cale e se dê por satisfeito. Eis o Homem do nosso século! Nada mais do que um discurso de resignação repetido pelas eras! Uma insípida, inodora e infértil oração judaico-cristã com a qual roubaram um dia nossa infância e nossa inocência. Black Southern Winds, Brazil www.black-southernwinds.blogspot.com Burning Black Lebensessenz is a Brazilian
pianist and composer (whom I have never heard about before) who plays a
bittersweet blend of beautiful and melancholic classical music… While
I’m pretty ignorant about classical music I love the compositions of
Wagner, Grieg and Tchaikovsky, but these are the only composers I
regularly listen to, so I’m probably not the more qualified person for
reviewing this album… anyway, I’ll do my best to transmit in words what
this album is all about to a non-classical audience. “Tage Der
Nostalgie” is a ten-track journey to delicate and introspective
landscapes full of beauty and a subtle sense of melancholy, there’s a
delicate emotiveness on this album, in fact I would dare to say this
album is all about emotions, Lebensessenz passionately delivers, with
his impeccable performance, a plethora of sentiments, sometimes
overwhelming, sometimes calm, always surrounded by a subtle veil of
gloom. There’re some quite vibrant compositions at this album as well,
such “Gedichte Aus Der Kindheit” or the vivacious “Sobela Und Serrano”,
which show a brighter and lively side of this emotive proposal. I
applaud Dunkelheit Produktionen for introducing this artist to a more
obscure and metallic audience, to sign with a neo-classical artist is
definitely a daring gamble for an obscure Metal label… “Tage Der
Nostalgie” won’t be everyone’s cup of tea, especially considering that
the most of the people aware of the release of this album is most
likely into a very different kind of music, but if you enjoy the
tranquility, introspection and subtle intensity of the neo-classical
music, or simply are looking for some excellently composed release,
this record may be an interesting addition to your collection.
AP Burning Black, Chile burningblack.net Decibel Magazine The Internet didn't create
adventurous commerce, but it's certainly done nothing to discourage it.
Thirty years ago, ordering Dunkelheit Produktionen's stuff would have
been an entirely hit-and-miss proposition, with everything hinging on
seeing the right review in the right zine and, trickier still,
establishing contact with the label. Hermes knows, we've ample reason
to want to do so. Aachen-based black metal, ambient, doom, drone and
whatever entity specializes in exactly the sorts of
beautifully-produced, limited-edition cassettes, CDs and LPs those of
us who buy physical product go out of our way to get. Better still,
Dunkelheit founder Bernd Hermanns takes great pains to ensure that
contents and presentation meld in a way that makes each release more
ritual object than mere product. So it is with "Tage der Nostalgie".
From full-color jacket to quality vinyl, everything about Newton
Schner's 13th album as Lebensessenz helps make the release a vehicle
for the self-taught Brazilian pianist's mission: to transport us to
whatever kinder, gentler, darker times and places reside in the deepest
recesses of our hearts. Not surprisingly, Schner's background in black
metal factors into the album's II classically informed selections only
obliquely. What does come as a bit of shock is the extent to which an
artist who openly pays tribute to Beethoven, Chopin and Wagner evokes
the thoroughly modern likes of Galeshka Moravioff, Lubomyr Melnyk and
jazz contrarian Horace Tapscott. Still, "Tage..." is as close as
anybody's gotten to inventing an absinthe fountain for the ears.
Rod Smith Decibel Magazine, USA Forgotten Path Magazine I think that I’m reviewing the
most recent album by a young Brazilian performer of German origin. When
I say “think”, I really mean it, because this project, that we are
already familiar with, is amazingly productive – the demo releases are
produced in the blink of an eye. As a matter of fact, it’s not
surprising, since, according to Newton himself, his work is based on a
moment’s emotions and impromptu. However, no one can deny this person’s
talent and creativity, at least not in my face... “Tage der Nostalgie”,
as the title says, is based on the sense of nostalgia. I personally
find all the music by Lebensessenz very nostalgic. The author himself
does not deny it as well. It seems that the whole album, released in
vinyl format, is dedicated to the feeling of sad memories. Emotions are
a very personal thing, therefore I’ll better try to concentrate on the
music instead. First and foremost, the album is incredibly solid and
mature. Event though it lasts for fifty minutes, it seems that the
listening requires no more than fifteen minutes, as the album is a
complete fusion of musical experiences. It might seem that such
impression of “shortness” makes the songs sound too similar to each
other. Here, on the contrary, everything is exactly as it should be.
The musical impressions vary from hopelessness to optimistic lights. As
a matter of fact, the album’s last track “The Silence” is a perfect
summary of the whole release - it is a silence, which does not require
any words. For some reason, the melodies and moods of this creation
very strongly remind me of some motifs from my childhood - warm, cozy,
light-hearted and naïve. I can’t tell what motifs are these exactly,
but I’m certain they are from my very early days. We can’t recover what
is lost, but Lebensessenz can help us feel it through the running sands
of time. Maybe it is not the most remarkable work by this author, but I
find it the most conceptual with its music fulfilling the set goals
most felicitously.
9/10 Odium Forgotten Path Magazine, Lithuania www.forgotten-path.lt Heathen Harvest Newton Schner Jr., the man
behind Lebensessenz, has been producing music of a very straightforward
yet exceptionally high quality for a number of years now. The format is
simple, the sole instrument is the piano and the recording is very
intimate in a rough, almost live-recording sort of way. There are no
gimmicks, no sleights of hand or fanciful notions, an occasional voice
is sampled but disappears like a whisper in the ear and what is evident
is superior musicianship alongside undeniable talent coupled with a
vibrancy of soul, melancholy and a spectrum of profundity which shines
through the otherwise grainy recordings. “Tage de Nostalgie” is very
much in line with the established Lebensessenz approach and is probably
his best work yet in an already significant line of recordings. It
seems more refined and expressive than his previous works, seeming
bolder and more vigorous in presentation and more complex and creative
in terms of composition. The fact that Schner continues to tap into the
extensive well of aesthetic ideas and emotional evocations that come so
naturally to him is consoling. There is no need to deviate, experiment
or formulate quirky novelties when he can compose for a single piano
and do it so well.
The fact that only a single instrument is evident and the overwhelming heart that goes into Schner’s playing style makes the recording seem like a one-to-one, solitary transmission of the most innermost thoughts and ideas. As such, this music is best enjoyed in privacy and alone. One cannot imagine how music this personal could possibly be blared loudly to a collective. It is distinctly neoclassical in style, employing certain micro stylistic elements influenced by the classicists although with a more broader style that is unconstrained by formalism and is arranged in a more conventional contemporary album way that brings through the best of both worlds. It reminds one perhaps of some of the work of Grieg, yet feels more liberated, free and heartfelt. As with any music, the extensive reliance on minor chords and discordant progressions risks slipping the composition into pathos and spleen that one cannot take seriously. Lebensessenz avoids and despite an overarching commitment to profundity, some of the tracks have a distinct playfulness about them, a facet sometimes lacking in his previous releases. Schner seems much more confident now in both his ability as a player and composer and as such permits himself to add flourishes that may have been risky to a less skilled pianist. An interesting element of this release as well as other Lebensessenz releases is the quality of recording which, as I have mentioned, is very rough and apparently un-mastered. This approach actually works quite well. Even the slight slips and imperfections that are occasionally evident are quite charming and work towards building a sense of genuine intimacy that few musicians can achieve. Yet the tone of the works is undeniably melancholic all throughout, sometimes reaching and unravelling some of the most tender of emotions. Yet this is all handled with great care, without ever seeming as insincere or overblown. A great deal of underground music attempts to implement this side of human nature, yet very often fails due to a heavy-handedness and lack of subtlety. It sometimes takes just one man with a piano to crack open our most difficult and interesting thoughts and emotions and mirror the opaque complexity of our minds back at us in a way we can easily absorb. Lebensessenz accomplishes this and more and, at least in my mind, is the perfect accompaniment to the inward-turned, melancholic soul. Rating: 5/5 Heathen Harvest, USA heathenharvest.org Kulturterrorismus Erinnerungen an die gute alte
Zeit, wo das Leben noch über eine gewisse Unbeschwertheit verfügte und
Geld nicht ausnahmslos unseren Alltag bestimmte, beschleichen aktuell
viele Menschen, denen “Tage der Nostalgie” des jungen brasilianischen
Komponisten Newton Schner Jr. alias Lebensessenz gefallen könnten, das
Wälle von Emotionen entfacht, die eindrucksvoll in vergangene Tage
zurückversetzen. Plakative Labelnamen wie Dunkelheit Produktionen
lassen in der Regel nichts Guten verheißen, eine Begebenheit, welche
zum Glück nicht auf die in Aachen ansässigen Manufaktur zutrifft, in
deren ansonsten Black Metal & Doom Backkatalog “Tage der Nostalgie”
in einer Auflage von 350 Kopien (die ersten hundert Stück in grünem
Vinyl) das Licht der Welt erblickte. Alle Tondokumente auf “Tage der
Nostalgie” handeln vom Leben, der Liebe wie von Philosophie, aber nie
schwülstig oder gar plakativ, sondern immer melancholisch verarbeitet
in stimmungsvollen Klavierpartituren, die der Brasilianer
abwechslungsreich (in Geschwindigkeit wie Tönen) konzipierte bzw.
komponierte. Emotionalität in Reinkultur dürfte diese klassische Arbeit
am Besten beschreiben, deren Klänge fulminantes Kopfkino auslösen und
in die Zeit der Denker (irgendwo 1800 bis Anfang 1900 Jahrhundert)
versetzt bzw. transformiert, wo Europa die kulturgeschichtliche Epoche
der Romantik erlebte. Wessen Herz für Klassik oder kontemporäre Klassik
schlägt, sollte sich diese äußerst berührende Publikation “Tage der
Nostalgie” von Lebensessenz nicht entgehen lassen, deren Wert wohl nur
Individuen verstehen können, welche sich in der Moderne unwohl bzw.
verlassen fühlen. Heißt, Lebensessenz vermittelt mit “Tage der
Nostalgie” ein Lebensgefühl, wonach sich in heutiger Zeit immer mehr
Personen sehnen, die die aktuellen Strömung mehr als nur missbilligen.
Fazit: Newton Schner Jr. Alias Lebensessenz aus Ponta Grossa in Brasilien offeriert mit “Tage der Nostalgie” ein beeindruckendes Kleinod, das von Anfang bis Ende ein- wie mitnimmt – meine absolute Empfehlung! PS: Wer sich bisher nicht an Klassik herantraute, sollte dies schleunigst tun, um nicht Schätze wie “Tage der Nostalgie” von Lebensessenz zu verpassen! RaF Kulturterrorismus Magazin www.kulturterrorismus.info Legacy Magazin Nichtsahnend betrachtet man das
schöne Artwork, das aus Gemälden der englischen Maler Frederick Lord
Leighton, John Milais und Edmund Blair-Leighton besteht, um dann den
Kulturschock zu erfahren, wenn man unweigerlich an Otto und ´Schlimmer
Wohnen´ denken muss, bei dem die Hausfrau ´spinatfahl´ oder ´kotzgrün´
trägt. Denn mit dieser Beschreibung trifft man die Farbe des Vinyls
ziemlich gut. Was sich der junge Pianist Newton Schner Jr.– dessen
düster-romantische Veröffentlichung ´Tu, Deorum Hominumque Tyranne,
Amor´ bereits im Legacy #66 besprochen wurde – dabei dachte, erschließt
sich einem nicht unbedingt. Denn es wird gewiss nicht passieren, dass
man grün anläuft, wenn man an minimalistischer, introvertierter und
verträumter Klaviermusik Gefallen findet. Dazu sind die neoklassisch
anmutenden Kompositionen, deren Qualität nahtlos an das genannte
Vorgängerwerk anschließt, viel zu feinfühlig und ergreifend arrangiert,
laden zum Verweilen und Träumen ein. Einmal mehr auf einem alten Piano
eingespielt, unterstützt das Knistern und Rauschen des Vinyls
zusätzlich den Eindruck, es könne sich kaum um eine Veröffentlichung
aus dem Jahre 2011 handeln. Eher hat man das Gefühl, sich auf eine
Zeitreise zu begeben. Überwiegen bei ´The Heidegger’s Silence´ die
dunkleren Töne, besticht ´Das Herz eines Menschen´ mit einer Art
dramatischen Beschwingtheit, die ihre Steigerung in ´Die lieben Liszts´
findet, das diese beiden Aspekte gekonnt verbindet. Und fast
verwunschen schleichen sich die ´Tage der Nostalgie´ und
´Liebesgedichte´ ins Gehör, um dann in ´Un amour irréalisable – Pt. II´
von düsterer Dramatik erfüllt zu werden. Fast aufwühlend wirken dagegen
die ´Gedichte aus der Kindheit´ und ´Sabela und Serrano´. Die
natürliche Klangfülle hat sich LEBENSESSENZ auf „Tage der Nostalgie“
auf wunderbare Weise erhalten und hält, was der Albumtitel verspricht.
Zudem scheint das Spiel ein wenig facettenreicher als noch auf „Tu,
Deorum Hominumque Tyranne, Amor“, so dass die gut 50-minütige Reise zu
keinem Zeitpunkt eintönig wird. „Tage der Nostalgie“ ist auf 350
Exemplare limitiert, von denen die ersten 100 in diesem etwas
merkwürdigen Grün erhältlich sind. Schnell zugreifen lohnt sich, will
man die besinnlicheren Momente des Lebens auf eine etwas andere Weise
akustisch umrahmen. (ES)
13/15 Legacy Magazin, Germany www.legacy.de Psicoterror Zine In addition to the self
released cd-r (soon on pro-printed CD), the German label finally
releases a limited vinyl edition, and this is a great choice because so
far it's the most prolific set of songs that Mr. Schner has recorded so
far. The music is still melancholic, tragic and still reminds me of
early Penitent, even if this is far more complex than the Norwegians
counterparts.
The songs carry an strong European identity and that's understandable. I don't know what to add here as my knowledge regarding classical or neo-classical compositors is pretty limited so I couldn't compare this with something else, but I'll tell you that if you enjoy neo-clasical piano compositions you should be able to enjoy Lebensessenz as well... Mr. Schner has participated in a Pagan Black Metal Project so the structure of the songs are related in a way I think, and that is good as the songs are easy to get into. Just lisen to this record in a darkened room. Renzo Parodi Psicoterror Zine, Peru Hateful Metal Tage der Nostalgie ist das jüngst erschienene Vinylalbum des brasilianischen Pianisten Newton Schner, den ich bereits von Inmitten des Waldes und Valium her kenne. Anders als bei Valium und Inmitten des Waldes gibt es bei Lebensessenz überhaupt keinen Metal, stattdessen 50 Minuten lang traumhafte klassische Pianomusik. Dass Herr Schner musikalische sowie kompositorische Fähigkeiten besitzt, wusste ich schon durch seine anderweitigen Aktivitäten, dennoch bin ich von der Qualität von Lebensessenz überrascht. Wen mir bisher der Sinn nach klassischer Musik stand, griff ich zumeist auf Streichmusik von Franz Joseph Haydn oder Carl Philipp Emanuel Bach zurück, da mir die meisten Pianokompositionen die ich kannte, nicht gefielen und ich sie als langweilig empfand. Dank Lebensessenz muss ich mich nun doch wohl näher mit diesem Zweig der Klassik zu beschäftigen. Tage der Nostalgie ist nicht nur nostalgisch sondern auch durchzogen von einer latenten und dezenten Melancholie, die durch das flinke und gefühlvolle, stellenweise aber auch kraftvolle Tastenspiel hervorragend kommuniziert wird. Die Komposition Gedichte aus der Kindheit ist anders als die übrigen Stücke, es ist ein eher lautes und energisches Lied mit hohem Tempo und Dramatik, in dem Newton Schner sein Talent eindrucksvoll unter Beweis stellt. In seiner Heimat scheint Herr Schner allgemein als Talent am Piano zu gelten, was die Interviews und Berichte im brasilianischen Fernsehen nahe legen. Wer sich auch nur irgendwie im entferntesten für Klassik oder Pianomusik interessiert, sollte sich diese Vinylveröffentlichung also nicht entgehen lassen. Musikalisch eine traumhafte emotionale Reise, von der es nur 300 Kopien gibt, die sicherlich nicht lange auf ihre Käufer warten müssen. Aceust Hateful Metal, Germany www.hateful-metal.de |
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